Nós humanos temos um jeito curioso de lidar com os nossos sentimentos. Em conflito psíquico, podemos expressar as nossas emoções das mais diversas formas: chorar, gritar, ter insônia, roer unhas, dormir em demasia, sentir dores, etc.
Eles ficam! Eles transam?, parte 2
A fronteira entre a perturbação emocional e a perturbação física é muito tênue. Isto significa dizer que as nossas emoções podem tomar caminhos, os mais variados, para demonstrar as nossas insatisfações e frustrações, e o nosso corpo é o veículo comumente utilizado para deixar isso bem à mostra pela somatização.
Somatizar é uma resposta orgânica a uma vivência traumática, muito estressante, onde depositamos no corpo toda a nossa mágoa, angústia, descontentamento, raiva, enfim, todas as nossas emoções.
'O corpo pode sinalizar o que a cabeça não vem administrando bem'. As angústias emocionais podem dar lugar às dores físicas. Dor lombar, dor articular, dor nas extremidades, dor torácica, entre outras, são alguns dos exemplos que podem acometer pessoas com problemas de somatização e muitas delas nem sequer imaginam que as causas podem estar relacionadas com as emoções. O inverso também é verdadeiro, as limitações físicas, os acidentes com sequelas graves e outros problemas fisiológicos podem desencadear sofrimentos psíquicos profundos, como a depressão e a ansiedade, gerando transtornos diários na vida familiar e profissional, afetando inclusive a motivação.
Uma boa avalição psicológica é determinante para esclarecer e fundamentar as necessidades de cada caso.
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Para o tratamento faz-se necessário o auxílio de equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, médico, psicólogo entre outros) que poderão trabalhar as necessidades de cada paciente, após avaliação.
